«É uma espécie de triunfo da razão paradoxal: no Dia Internacional dos Direitos Humanos, atribui-se em Cabo Verde um reconhecimento público ao antigo ministro de Salazar que mandou reabrir o Campo de Concentração do Tarrafal para aí albergar nacionalistas angolanos, guineenses e cabo-verdeanos. Sobre o assunto, vale a pena ler este texto da Diana Andringa - autora de um magnífico documentário sobre o presídio. A Associação Cabo-Verdeana de Ex-Presos Políticos considerou o gesto insultuoso e incongruente. Com elevado domínio da arte do cinismo, Adriano Moreira defendeu-se dizendo que é incorrecto associar o seu nome ao Tarrafal, já que o Campo reabriu com a designação de "Chão Bom". Pois.»
Fonte: O Tarrafal nunca existiu por Miguel Cardina, 9-12-2011
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