quarta-feira, 7 de março de 2012

Investir para destruir

Plantação extensiva de eucaliptos-clone vai destruindo a floresta atlântica brasileira.

Investimento com taxas de juro entre 8 e 14%: http://intranet.greenwood-management.com/landing_page_1122.html?gclid=CJK35LG-1K4CFREPfAodx02_eQ


Este clone de eucalipto tem um crescimento rápido que em 7 anos produz carvão usado para a indústria do aço: New Eucalyptus clone developed for use in steel making

Chamam-lhe alternativa verde, porque fazem carvão a partir de árvores, mas é realmente negra porque estão a destruir a flora e a fauna nativas, a esgotar e a poluir a água, e a provocar o êxodo das populações.

Monocultura do eucalipto causa danos ao extremo sul da Bahia
Terras agricultáveis e de boa qualidade, mão-de-obra barata, apoio e financiamento do governo. Este foi o cenário que atraiu empresas de papel e celulose para o extremo sul da Bahia e dar início ao plantio de eucalipto na região durante os anos 90. Segundo dados do Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul da Bahia (Cepedes), hoje a região possui cerca de 600 mil hectares de eucalipto plantado, num modelo de exploração que traz sérios problemas ambientais e sociais. "Todas as empresas de celulose receberam financiamento do governo através do BNDES. Mais precisamente dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que deveria ser usado para gerar emprego e renda para o povo brasileiro", explica Ivonete Gonçalves, da equipe executiva do Cepedes.

A entidade denuncia que diversas propriedades com plantio de eucalipto não possuem reserva legal averbada como exige a legislação - a reserva faz parte das condicionantes no licenciamento de implantação do projeto. O plantio do eucalipto, que é uma espécie exótica, provoca a destruição da fauna e da flora nativas. Demanda-se uma grande quantidade de água tanto para plantar o eucalipto quanto para a produção de celulose nas fábricas, o que provoca o esgotamento das fontes de água, sem falar no uso extensivo de agrotóxicos que envenenam rios, córregos, lençóis freáticos, etc. As empresas negam todos os efeitos negativos e dizem que plantar eucalipto é muito melhor do que pastagem.

Com relação aos problemas sociais, a silvicultura do eucalipto está provocando o êxodo rural na região. Num levantamento feito recentemente pelo Cepedes, a cidade de Eunápolis possui o maior índice de êxodo rural dos últimos anos. Segundo as pesquisas, o patamar, que era de 9,92%, pulou para 5,89%, equivalente a 59,37% (o maior índice nacional é de 28%) de pessoas a menos na zona rural, a partir do início dos anos 90, com a chegada da monocultura do eucalipto.







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