(Nota: o gráfico automático come no valor das abstenções pois arredonda os valores menores.)
eleitores | 9.429.024 | percent |
abstenção | 3.875.022 | 41,10 |
PSD | 2.145.452 | 22,75 |
PS | 1.557.864 | 16,52 |
PP | 652.194 | 6,92 |
CDU | 440.850 | 4,68 |
BE | 288.076 | 3,06 |
outros | 469.566 | 4,98 |
Os pequenos partidos, junto com os brancos e os nulos, somam mais do que a CDU, mas não têm qualquer representação no parlamento. Os partidos mais pequenos precisam de muitos mais eleitores para eleger um deputado do que os grandes partidos, segundo o método desproporcional de Hondt que distorce os resultados. Portanto, os votos não têm todos o mesmo valor, ou seja, não há equivalência entre o voto individual e a representação resultante. De facto, neste sistema apenas 54% dos eleitores são representados na Assembleia da República, mas são-no com pesos distorcidos.
Do total de votantes, distribuem-se assim as parcelas e os deputados:
PSD (38,63% = 2.145.452 votos = 105 deputados). Cada deputado = 20.432,87 votos.
PS (28,05% = 1.557.864 votos = 73 deputados). Cada deputado = 21.340,60 votos.
CDS/PP (11,74% = 652.194 votos = 24 deputados). Cada deputado = 27.174,75 votos.
PCP/PEV (7,94% = 440.850 votos = 16 deputados). Cada deputado = 27.553,12 votos.
BE (5,19% = 288.076 votos = 8 deputados). Cada deputado = 36.009,50 votos.
(Dados retirados daqui: http://elburdeldeldelirio.blogspot.com/2011/06/assembleia-da-republica-portuguesa-5j.html)
Assim, por exemplo, o PCTP/MRPP, que teve 62.491, poderia ter 3 deputados se lhe custassem o mesmo que ao PSD. Esta assembleia não representa o país e a população, representa essencialmente os interesses dos grandes partidos. Portanto, o sistema eleitoral devia ser mudado, como defende o movimento espanhol Democracia Real Ya.
Dados segundo o Público de hoje.
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