Olá, Rui Rio

Olá, Rui Rio,

Olá, Câmara Municipal do Porto,

O despejo que vocês efectuaram na Escola da Fontinha a 10 de Maio de 2011 veio revelar o vosso desrespeito e falta de civismo para com a população. Mais uma vez governantes demonstram que não têm capacidade para ocupar o cargo que desempenham. São todos muito demagogos e entertainers, mas isso só por si não chega, queremos que sirvam o povo e não que governem contra ele.
Rui Rio, um presidente tem que ter capacidade e qualificação para gerir uma câmara, para que essa contribua para um melhor desenvolvimento da população local. Algo que você não demonstra para com os cidadãos, neste caso em particular da comunidade da Fontinha.

Nenhum, dos ocupas cometeu nenhum crime, apenas agiram em prol da comunidade, dando vida a uma escola abandonada há 5 anos e dando vida a uma melhor desenvolvimento social e intelectual das crianças, dando-lhes explicações e instrução na mais variadas áreas, sem que para isso lhes fosse pedido nada em troca. Algo que os municípios de todo o país têm obrigação de fazer e não o fazem. Se vocês fossem governantes dignos, dotados de deveres cívicos e mais inteligência teriam apoiado e incentivado para que o projecto da Escola da Fontinha tivesse seguido com sucesso.

Mas, ao contrário, decidiram despejar as pessoas que iniciaram um trabalho bem melhor que o vosso. A vossa atitude é vergonhosa para Portugal. Um município não pode colocar os interesses de particulares à frente da formação de uma comunidade. Nós, anónimos, temos seguido todo este caso, tivémos conhecimento que outro despejo está para breve com o objectivo de dar um fim a todo este projecto solidário que vem sendo desenvolvido desde 11 de Abril de 2011 por voluntários e populares da Fontinha. Não admitimos que um pequeno grupo de senhores liderados por você, Rui Rio, ditem ordens contra a satisfação da população local. [...] democracia pura.

Queremos com isso que o espaço seja cedido de vez aos voluntários e populares locais que têm vindo a adesenvolver este projecto social com seu esforço e mérito próprio e sem qualquer interesse económico. Nunca na história da humanidade foi preciso pedir permissão para se colocar em prática a vontade da população. E esta não vai ser a excepção. Lembrem-se que o que mais revolta a população é a injustiça. E as vossas acções perante este grupo de pessoas estão a ser demasiado injustas.

Revejam as atitudes tomadas e admitam que estão errados. Voltem a trás e ajudem todos os que têm iniciativas como esta, que só vêm valorizar a cidade do Porto, ao contrário de vocês que a dividem e a envergonham. O vosso tempo de impunidade está a esgotar, a tolerância tem limites.

Rui Rio, esperamos que tenha entendido a nossa mensagem e que não nos obrigue a ser mais específicos e  práticos. Obrigado. Com os melhores cumprimentos de anónimos. Fim de citação.