Segurança
PSP prepara tolerância zero nas manifestações do 25 de Abril
Ordem aos agentes é para que nenhum sinal de ameaça seja desvalorizado.
Incidentes na greve de 22 de Março estão bem presentes na memória de quem manda nas forças de segurança (PSP), que já recebeu orientações para impedir manifestações, desfiles e acções de rua que não tenham seguido todos os procedimentos legais para a sua realização, avança hoje o 'DN'.
A orientação tem como alvo especial as iniciativas de movimentos potencialmente mais radicais, que a policia prevê venham a ter lugar nos próximos dias até ao 1º de Maio.
Esta é, para já, a primeira alteração táctica no terreno que a PSP pode levar a cabo, na sequência da auditoria que esta força de segurança fez à operação policial no dia da última greve geral, a 22 de Março, com especial incidência nos incidentes ocorridos em Lisboa.
Uma das conclusões dessa avaliação operacional, a primeira do género feita pela PSP, foi que houve uma subavaliação "quanto ao grau de ameaça e potencial de desordem" de alguns grupos de manifestantes, sendo que "o potencial de violência não teve o tratamento necessário", defende Magina da Silva, Inspector nacional da PSP que coordenou a auditoria.
Este oficial superior admite ainda que a PSP não será tolerante das próximas vezes: "Se soubéssemos o que sabemos hoje, esses grupos não teriam sido autorizados a desfilar. É uma das lições que aprendemos".
Se o povo do 25 de abril soubesse o que sabe hoje não teriam colocado cravos na ponta das armas também. É o que se pode responder a este oficial.
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