Protesto contra construção
Activistas cortam acesso à barragem de Foz Tua
06.11.2011 - 12:10 Por Lusa
A GNR esteve no local (Foto: Miguel Silva/arquivo)
Seis activistas acorrentaram-se hoje aos portões de acesso à barragem de Foz Tua, em Alijó, em protesto contra a construção deste empreendimento, que, consideram, “vai afundar” o Douro, Património Mundial da Humanidade.
Vestidos com camisolas azuis onde se podia ler “barragens não” e com bolas negras na mão a imitar as correntes usadas pelos prisioneiros, os activistas cortaram o acesso à obra pelas 09h, impedindo que os trabalhos prosseguissem e deixando máquinas e operários parados.
Colocaram ainda grandes cartazes junto à cerca de arame com as inscrições “barragens afundam património - Douro Vinhateiro em risco” e “barragens afundam biodiversidade”.
Mesmo por cima da entrada de um dos túneis da central hidroeléctrica lia-se “barragens afundam economia - não aceitem mais este buraco”.
Os ambientalistas permaneceram acorrentados, sem falar, durante uma hora e meia. Depois, quatro militares da Guarda Nacional Republicana chegaram e identificaram todos os activistas.
João Branco, dirigente da Quercus em Vila Real, assumiu o papel de porta-voz e explicou que a iniciativa foi organizada por um “grupo de cidadãos independentes de todo o país” que decidiram “manifestar a sua indignação pela destruição do Douro Património Mundial”.
O ambientalista considera que ainda é tempo de “salvar” este património e deixou um apelo ao ministro da Economia, um “economista de craveira que sabe muito bem que a construção destas barragens são prejudiciais para a economia”.
“Espero que ele fique na história como o homem que corrigiu este erro crasso e não como o homem que assobiou para o lado e deixou que este crime contra o património da humanidade e património português se perpetrasse”, frisou.
João Branco salientou os impactes negativos provocados pela construção desta barragem que diz estar “contra” o Plano de Desenvolvimento Turístico do Vale do Douro, aprovado em Conselho de Ministros, que vai ainda determinar o fim da Linha do Tua, considerando que é um atentado contra a biodiversidade, “por obrigar ao abate de milhares de árvores protegidas”.
O dirigente referiu ainda que esta e outras barragens em construção vão agravar a erosão costeira, obrigando ao investimento de milhares de euros na restauração do areal das praias.
A barragem de Foz Tua faz parte do Plano Nacional de Barragens. Este empreendimento deverá estar concluído em 2015 e representa um investimento de 305 milhões de euros. A EDP estima também que esta obra vá gerar quatro mil postos de trabalho, directos e indirectos.
O projecto prevê ainda a criação de uma solução integrada de transporte, que assegure a mobilidade quotidiana e turística, em alternativa aos 16 quilómetros da linha ferroviária do Tua que vão ficar submersos pela futura albufeira.
Entre as contrapartidas para a região pelos impactos da barragem está também a criação de uma agência de desenvolvimento regional, em parceria com as cinco autarquias da área de influência do empreendimento, nomeadamente Carrazeda de Ansiães, Vila Flor e Mirandela, no distrito de Bragança, e Alijó e Murça, no de Vila Real.
Seis activistas acorrentaram-se hoje aos portões de acesso à barragem de Foz Tua, em Alijó, em protesto contra a construção deste empreendimento, que, consideram, “vai afundar” o Douro, Património Mundial da Humanidade.
Vestidos com camisolas azuis onde se podia ler “barragens não” e com bolas negras na mão a imitar as correntes usadas pelos prisioneiros, os activistas cortaram o acesso à obra pelas 09h, impedindo que os trabalhos prosseguissem e deixando máquinas e operários parados.
Colocaram ainda grandes cartazes junto à cerca de arame com as inscrições “barragens afundam património - Douro Vinhateiro em risco” e “barragens afundam biodiversidade”.
Mesmo por cima da entrada de um dos túneis da central hidroeléctrica lia-se “barragens afundam economia - não aceitem mais este buraco”.
Os ambientalistas permaneceram acorrentados, sem falar, durante uma hora e meia. Depois, quatro militares da Guarda Nacional Republicana chegaram e identificaram todos os activistas.
João Branco, dirigente da Quercus em Vila Real, assumiu o papel de porta-voz e explicou que a iniciativa foi organizada por um “grupo de cidadãos independentes de todo o país” que decidiram “manifestar a sua indignação pela destruição do Douro Património Mundial”.
O ambientalista considera que ainda é tempo de “salvar” este património e deixou um apelo ao ministro da Economia, um “economista de craveira que sabe muito bem que a construção destas barragens são prejudiciais para a economia”.
“Espero que ele fique na história como o homem que corrigiu este erro crasso e não como o homem que assobiou para o lado e deixou que este crime contra o património da humanidade e património português se perpetrasse”, frisou.
João Branco salientou os impactes negativos provocados pela construção desta barragem que diz estar “contra” o Plano de Desenvolvimento Turístico do Vale do Douro, aprovado em Conselho de Ministros, que vai ainda determinar o fim da Linha do Tua, considerando que é um atentado contra a biodiversidade, “por obrigar ao abate de milhares de árvores protegidas”.
O dirigente referiu ainda que esta e outras barragens em construção vão agravar a erosão costeira, obrigando ao investimento de milhares de euros na restauração do areal das praias.
A barragem de Foz Tua faz parte do Plano Nacional de Barragens. Este empreendimento deverá estar concluído em 2015 e representa um investimento de 305 milhões de euros. A EDP estima também que esta obra vá gerar quatro mil postos de trabalho, directos e indirectos.
O projecto prevê ainda a criação de uma solução integrada de transporte, que assegure a mobilidade quotidiana e turística, em alternativa aos 16 quilómetros da linha ferroviária do Tua que vão ficar submersos pela futura albufeira.
Entre as contrapartidas para a região pelos impactos da barragem está também a criação de uma agência de desenvolvimento regional, em parceria com as cinco autarquias da área de influência do empreendimento, nomeadamente Carrazeda de Ansiães, Vila Flor e Mirandela, no distrito de Bragança, e Alijó e Murça, no de Vila Real.
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